Drave é uma aldeia situada no vale entre as Serras da Arada e da Freita, no concelho de Arouca, e que se encontra desabitada desde o início do milénio. Esta seria uma aldeia como todas as outras que vão ficando desertas no interior de Portugal, se não fossem os Escuteiros que a descobriram e que ali começaram a afluir para viver os seus ideais de espiritualidade, recuperando a aldeia, e perpetuando a sua memória.
Quando alguém se refere à aldeia, deve dizer “Fui à Drave” e não “Fui a Drave”, já que é desta forma que as populações circundantes se referem ao antigo povoado, bem como antigos habitantes da aldeia. De facto, é um pouco estranho mas é uma questão de rigor que os Escuteiros não quiseram perder, em sinal de respeito pela memória da aldeia.
A Base Nacional da IV Secção, que compreende todos os escuteiros dos 18 aos 22 anos, é inacessível por automóvel, não tem rede telefónica, eletricidade ou água canalizada, e, mesmo assim, atrai milhares de jovens, que querem distanciar-se do mundo, isolando-se e vivendo em comunhão com a Natureza e com o seu Clã, nome da unidade orgânica da IV Secção, segundo a Mística e Simbologia do Corpo Nacional de Escutas.
Evitando que a aldeia ficasse para sempre no esquecimento, os Escuteiros começaram a realizar atividades de espiritualidade e de âmbito ambiental, reconstruindo a aldeia, empreendendo um projeto que enriquece quem por lá passa, voltando a colocar o nome “Drave” nos mapas de milhares de jovens portugueses e estrangeiros.
Conteúdo produzido por Constança Sequeira, João Ferreira, Rafaela Longras, Susana Silva e Teresa Mosqueira, no âmbito da Unidade Curricular de Comunicação Digital da Licenciatura em Comunicação Social e Cultural.