Airbnb e a cidade de Lisboa

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Surge, em 2008,  a plataforma online que tem vindo a revolucionar o turismo, o Airbnb, chegou a Lisboa, com o intuito de fazer crescer o turismo, depois de um acordo com o Governo português. Este novo modelo de arrendamento favorece os turistas, mas será que desfavorece os lisboetas? Só com o tempo iremos saber.


Rua em Lisboa, entre prédios, que desce em direção ao rio.

Rua em Lisboa, ladeada por casas. (Créditos: “Streets of Lisbon” by Maria Eklind, Flickr is licensed under CC BY-SA 2.0)

Quando uma pessoa pretende viajar, uma das suas principais preocupações é o alojamento. Independentemente do destino escolhido por um viajante, o repouso é sempre imprescindível. Onde melhor que na nossa própria casa para descansar? E na dos outros? É essa oferta, a de dormir em casas de desconhecidos, que o novo serviço online de partilha de acomodações tem para garantir o conforto dos turistas, sejam eles estrangeiros num país que não é o seu, ou nómadas com desejos de explorar novos horizontes da nação onde habitam. Em Lisboa, já é possível alugar casas por períodos de curta duração.

Como funciona esta nova forma de alojamento? É simples. Para arrendar, basta aceder ao site da empresa  e escolher uma casa entre as várias ofertas disponíveis em diversas cidades.  O Airbnb já existe em mais de 34 mil cidades, em 191 países. São mais de 60 milhões de hóspedes em todo o mundo. Na maravilhosa cidade de Lisboa, a zona favorita dos visitantes, é a Baixa, nas proximidades do elevador de Santa Justa e na zona do Príncipe Real.

Vista sobre a cidade de Lisboa e sobre o rio Tejo
Vista do Tejo a partir de uma habitação na cidade de Lisboa (“Iglesia 2” by Alberto Romero is licensed under CC BY-NC 2.0)

A média de preços de aluguer na capital, ronda os 60 euros por noite, sendo que na Baixa e no Chiado, sobe para os 69 euros. De acordo com pessoas entrevistadas que têm as suas habitações registadas no site,  os visitantes não se costumam queixar dos preços, mas sim dos atrasos das pessoas encarregadas de entregar as chaves dos apartamentos aos hóspedes, e por vezes das dimensões dos apartamentos que pensam não corresponder às informações prévias comunicadas . Em entrevista a Zita Ferreira, proprietária de um apartamento na Praça de Londres, registado no Airbnb, foi colocada a questão de qual a sua maior preocupação como anfitriã?

“Aquilo que mais me preocupa de cada vez que alugo a minha casa, são eventuais problemas que originem queixas dos vizinhos”

Zita Ferreira não é a única com essa preocupação. Ao que foi apurado, várias pessoas partilham o seu receio. Este novo estilo de vida, o de viver em casas que não são as nossas por tempos indefinidos de curta duração, facilita a concretização de experiências nunca antes imaginadas, tais como viver em um castelo por um dia. Para não falar de festas realizadas em domicílios Airbnb, que causam distúrbios em vários prédios e em condomínios. Devido a preocupações relacionadas com o ruído de alguns hóspedes, existe uma proposta de lei apresentada no Parlamento, em união com o Turismo de Portugal, que pretende que à terceira queixa  por parte de vizinhos, o aluguer de uma casa a partir do Airbnb passa a ser proibido. Esta lei facilita a vida a ambos os interessados neste novo método de partilhar o mundo uns com os outros.


Conteúdo produzido por: Francisco Vilaça, no âmbito da UC de Comunicação Digital da licenciatura em Comunicação Social e Cultural.