Digital Influencers Portuguesas

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Ao longo do tempo novas carreiras são criadas e as Digital Influencers são um dos grandes exemplos dos dias de hoje. Nos últimos anos, vimos surgir este novo termo mais conhecido em inglês, mas também agora em português, influenciador digital. Na verdade, muitas pessoas, nomeadamente jovens, estão a converter este passatempo numa verdadeira carreira, uma vez que elas próprias se tornaram formadores de opinião nas redes sociais apenas com suas publicações e com o seu estilo de vida para os seus followers ou seguidores.


Mariana, com uma gabardine verde seco e a pousar para a fotografia.
Mariana Pascoal, jovem influencer portuguesa que já conta com 31,8 mil seguidores no instagram, foi uma das entrevistadas pelo Digital Hub. (Cedida por: Mariana Pascoal)

Com a nova era das Novas Tecnologias e do novo mundo digital, uma pergunta de partida com a qual devemos iniciar é: O que é ser uma digital influencer? Qual o número de seguidores necessário para um usuário “comum” das redes sociais se tornar num ícone ou num modelo a seguir pelos seus seguidores? Quantas visualizações é preciso ter para se tornar num influencer digital? O que distingue este de outro utilizador comum de uma mesma rede social?

Tendo em conta várias teorias e vários pontos de vista conhecidos, um digital influencer caracteriza-se por nada mais nada menos por uma pessoa que influencia outras a nível digital, tanto através das redes sociais, como por outros meios digitais, (blogs por exemplo).

Ser considerado um influenciador digital é ingressar na área profissional que é a moda e ter a garantia de alguns poderes e privilégios. Podem ser também consideradas pessoas que possuem uma grande audiência nas redes sociais (vasto número de seguidores) e são segmentadas por um determinado assunto. Como exemplo temos as bloggers de moda, maquilhadoras, amantes de música e cinema, humoristas, apaixonados pelo mundo fit (desporto e alimentação saudável), entre outros.

Uma das coisas a serem tidas em conta sobre os digital influencers é que estes assumem um papel de muita responsabilidade, justamente por serem um “marco” de opinião ou um modelo a seguir por outras pessoas e, por essa razão, tudo aquilo que for dito por eles (pelos influencers) seja positivo ou negativo, será da mesma forma considerado pelos seus seguidores.

Em suma, esta tornou-se numa das mais novas profissões do mercado:  O trabalho de um Influencer é essencialmente fazer propaganda de um modo subtil, mantendo sempre o contacto com os seus seguidores. Além disso, o marketing também está intimamente envolvido e associado a esta profissão: Após a “fama” nas redes sociais, os influenciadores são frequentemente procurados por marcas que utilizam a sua imagem de marca para conseguirem conversões em vendas na internet.

Conheça o caso de duas portuguesas que vieram rebentar com a escala de seguidores ao mostrarem o seu estilo de vida e o seu dia-a-dia que automaticamente revolucionaram os alicerces supostamente mais do que sedimentados no universo da moda e naturalmente a forma de o interpretar e consumir.

Ao entrevistarmos uma das nossas influencers digitais selecionadas, Mariana Pascoal, de 22 anos, estudante de marketing digital e blogger, com cerca de 31,8 mil seguidores na sua página de instagram e com um blog de viagens há cerca de ano e meio, veio conversar connosco e explicar-nos um pouco como foi o seu percurso até se tornar numa digital influencer através das suas redes sociais e que mudanças houve na sua vida para que isso sucedesse.

Depois de conhecermos a Mariana, ficámos a saber um pouco do seu percurso, da sua história e também como iniciou a sua “carreira” como influencer nas redes sociais: “Na realidade nunca pensei muito em ganhar seguidores. Já tenho instagram há bastantes anos e como sempre gostei de fotografias e da parte de edição fui publicando. Por isso acho que foi uma coisa natural, as pessoas começaram a gostar do que publicava e a seguir-me.”

“Acho que foi uma coisa natural, as pessoas começaram a gostar do que publicava e a seguir-me”

MARIANA PASCOAL

Ainda assim, ficámos a conhecer também, segundo a opinião da influencer,  quais as características essenciais para um utilizador poder converter-se num digital influencer: “Acho que não há características «gerais» porque há influencers de todos os tipos. Existem pessoas que são seguidas porque têm fotografias giras, outras porque dão dicas fundamentais ou até porque são famosas. Assim no meu meio diria que fotografar locais apelativos e saber editar são dois fatores cruciais.”

“Existem pessoas que são seguidas porque têm fotografias giras, outras porque dão dicas fundamentais ou até porque são famosas”

MARIANA PASCOAL

Jovem na rua com um casaco às riscas e óculos de sol.
Tem 23 anos, uma das grandes influencers portuguesas.  Ana Rita é seguida por 26,8 mil utilizadores na sua rede social instagram. (Cedido por: Ana Rita Ferreira)

Como segundo testemunho temos Ana Rita Ferreira, de 23 anos,  estudante de jornalismo e também fundadora de um blog pessoal que nos dá outro ponto de vista relativamente ao conceito desta nova profissão. Para ela, uma digital influencer é “alguém que tenha a capacidade de influenciar um determinado grupo de pessoas e, para isso, é necessário ter um certo número de pessoas a seguir o seu trabalho e que sejam, de certa forma, influenciadas por ela. Depois disso é manter-se ativa nas redes sociais e “alimentar” o seu público com aquilo que ele gostar mais de ver.”

 

“É manter-se ativa nas redes sociais e alimentar o seu público com aquilo que ele gosta mais de ver”

ANA RITA FERREIRA

Finalmente, relativamente ao futuro desta profissão, a influencer diz-nos que já é considerado um trabalho no verdadeiro sentido da palavra para muitas pessoas:

“Conheço muitas pessoas a viver disto e do valor que fazem com os posts pagos. É preciso, tal como em qualquer trabalho, haver dedicação, esforço e  profissionalismo. Não é só tirar fotografias como a generalidade pensa. Há dinheiro envolvido e como tal, exige rigor no trabalho e nas fotografias que tiramos. No fim do dia, estamos a representar marcas e isso pode ser visto como puro marketing publicitário.”

ANA RITA FERREIRA

Imagem de capa: Autoria de Beatriz Cunha


Contéudo produzido por: Beatriz Gonçalves da Cunha, Beatriz Bica, Laura Cyrne, Mariana Pescada e Teresa Cazal-Ribeiro, no âmbito da UC de Comunicação Digital da licenciatura em Comunicação Social e Cultural.