A desigualdade no mercado de trabalho é uma matéria complexa e encontra-se fortemente presente em diversas temáticas e discussões. Se a igualdade contribui para a justiça e o crescimento económico dos países, como explicar, que as desigualdades no mundo do trabalho sejam ainda, em pleno século XXI, uma ocorrência constante? Veremos o que alguns ex-alunos universitários da Universidade Católica tem a dizer sobre o assunto e algumas medidas implementadas pelo Parlamento Europeu relativamente ao combate à desigualdade laboral.
Desigualdade laboral em pleno século XXI?!
Será a disparidade entre os homens e as mulheres, no mundo laboral, de facto uma realidade? De forma a esclarecer esta questão, conheça o resultado de um inquérito sobre o quinto objetivo de desenvolvimento sustentável da ONU, do qual participaram 71 ex-alunos universitários da Universidade Católica de Lisboa.
Após analisar os dados obtidos no questionário, podemos verificar que cerca de 76% dos testemunhos afirmam que, na prática, as mulheres não têm as mesmas oportunidades que os homens, tanto na profissão como na política.
Paralelamente, confirma-se que as mulheres ganham, em média, menos do que os homens nas mesmas profissões.
Apesar da maioria dos resultados apontarem para uma forte desigualdade de género, certas respostas demonstram que, apesar de insuficiente, já existem alguns avanços face à igualdade de oportunidade. A maioria dos respondentes, afirmam que nas organizações onde trabalham ou que conhecem, as mulheres têm as mesmas oportunidades de serem promovidas do que os homens.
“Igualdade é o reconhecimento público, efetivamente expresso em instituições e modos, do princípio de que um grau igual de atenção é devido às necessidades de todos os seres humanos.”
Escritora Simone Weil
Medidas Do Parlamento Europeu
De forma a tentar combater esta disparidade salarial o Parlamento Europeu introduziu uma série de medidas obrigatórias de transparência salarial. Isto porque, embora a igualdade de género seja um dos princípios fundamentais da União Europeia, as mulheres continuam a ganhar, em média, cerca de 13% menos por hora do que os homens. O PE deseja alterar esta situação.
Visto isto, em abril de 2022, o Parlamento adotou um numero de regras de transparência salarial. Regras estas como, informar sobre as disparidades salariais entre homens e mulheres e elaboraram um plano de ação no caso de se verificar uma diferença salarial igual ou superior a 2,5%.
Podemos averiguar que, embora certos avanços tenham sido consagrados no âmbito da igualdade salarial, ainda existe muito a fazer em prol dos direitos das mulheres no mundo do trabalho e no quotidiano.
Conteúdo produzido por: Francisco Correia, Constança Carvalho, Inês Carvalho, Rodrigo Sousa e Ana Bárbara Ribeiro no âmbito da disciplina de Comunicação Digital da licenciatura em Comunicação Social e Cultural.