O programa A Empresa surge para jovens que frequentam o 12º ano de escolaridade em áreas relacionadas com economia ou inovação. Dele fazem parte escolas de norte a sul do país que competirão, numa fase final, com adversários estrangeiros.
Tudo começa no ensino secundário. Uma vez mais, cerca de 500 projectos serão apresentados no programa A Empresa, da Junior Achievement Portugal, uma associação sem fins lucrativos que promove o empreendedorismo jovem junto de escolas e universidades.
Numa altura em que a competição faz parte do dia-a-dia de todos os estudantes, quer seja para entrar numa universidade ou até mesmo para conseguir um lugar na escola desejada, surge este programa em que os alunos são levados a criar e a desenvolver as suas capacidades de empreendedores. O seu objectivo? Criar uma mini-empresa.
O produto ou serviço apresentado pode ser completamente inovador ou apenas algo que já existe mas que foi melhorado. Os alunos são levados a criar um nome, um logotipo, um site, a travar parcerias com outras empresas, nomeadamente empresas do programa de outros países, a respeitar datas de entregas e até a fazer atas das reuniões que têm de ser organizadas. É necessário ter um slogan e uma página no facebook. Durante todo o percurso são acompanhados por “consultores” de várias empresas parceiras do programa, que vão dando guidelines sobre aquilo que é necessário fazer.
Como em todas as competições, há jurados e avaliações recorrentes. Numa primeira fase há entregas apenas online, passando para a apresentação física dos produtos na Feira Ilimitada, que acontece no Centro Comercial Colombo.
Numa conversa com uma jovem que participou no programa foi possível constatar que esta experiência contribui enormemente para o crescimento dos jovens, principalmente antes de entrarem para a universidade.
“Foi uma experiência incrível. Não consigo explicar. Quando conto aos meus amigos ou até a mais velhos ninguém tem a ideia de que durante esse ano fiz mesmo parte do mundo dos adultos. Tive de criar um projeto de raiz, participei em reuniões e uma delas até foi na Accenture, com as pessoas que me estavam a ajudar, numa sala de reuniões onde fizemos um plano financeiro e onde nos foi oferecido café como se realmente fizéssemos parte de um projeto importante. Claro que em muitas alturas deu muito trabalho e meteu um certo medo pois no meu caso consegui chegar à semi-final, em que estavam apenas 18 empresas das 420 que participaram em Portugal. Foi no museu da eletricidade e tivemos de fazer uma apresentação em publico para cerca de 200 pessoas, estava muito nervosa. Mas no final de tudo não trocava esta oportunidade que tive por nada, pois hoje em dia sinto que me foi muito útil.”
Conteúdo produzido por : Patrícia Santos, Inês Mata, Madalena Maltez, Andreia Rodrigues e Luísa Águas, no âmbito da UC de Comunicação Digital da Licenciatura de Comunicação Social e Cultural.