Pandemia, a situação que trouxe inúmeros desafios a várias empresas nacionais que se viram obrigadas a suspender a sua produção. A Sarine Moda é uma das que se recusou a parar e, por isso, decidiu fabricar máscaras para manter o seu lucro e ajudar a população portuguesa a enfrentar o Covid-19.
Com a chegada do Covid-19, a vida a que estávamos habituados mudou completamente. O Estado português viu-se obrigado a decretar estado de emergência para prevenir a expansão da doença e muitas atividades portuguesas, como o comércio de rua, foram obrigadas a fechar portas por um período indeterminado.
Sara Silva, a nossa entrevistada, foi uma das empreendedoras que teve de se adaptar a esta realidade. Sentiu a necessidade de reinventar temporariamente o conceito da sua marca e criar algo que fosse capaz de manter o seu negócio e, principalmente, ajudar toda a comunidade. Dessa motivação surgiu a manufaturação de máscaras protetoras.
ADAPTAÇÃO AOS TEMPOS DE PANDEMIA
Apesar do número de máscaras vendidas até ser alto, o lucro não se assemelha ao que tinha antes da pandemia, mas a empreendedora diz que “neste momento o foco principal é ajudar a comunidade”. O sentimento de ajuda foi um dos incentivos que a levou a produzir máscaras, tal como a oportunidade de gerar algum lucro em vez de parar completamente a produção. Desta forma consegue ter lucro suficiente para pagar aos seus funcionários e manter o seu negócio a funcionar, mesmo num âmbito diferente.
HISTÓRIA DA MARCA
Sara Silva, 25 anos, cresceu na fábrica de tecidos da sua família o que fez com que rapidamente ganhasse um gosto pelo design. Em 2017, aliou esse gosto ao desejo de criar o seu próprio negócio e à sua veia empreendedora. Nasceu então o projeto Sarine Moda, uma loja de roupa situada em Vila Nova de Gaia, pensada exclusivamente para as mulheres.
No início deste ano, devido à situação que o nosso país enfrenta, foi obrigada a mudar o foco da sua produção para máscaras de proteção. A produção destas consiste na utilização de tecidos que seriam utilizados para a confeção das roupas. Sara revela-nos que nesta fase do processo “Não existiram grandes dificuldades”, pois já tinham maior parte do material necessário. Aponta ainda que o sucesso também se deve ao facto de ser um produto nacional: “Alguns consumidores ainda têm isso em conta e preferem ajudar o comércio português”, contou-nos a empreendedora.
“A adesão a este novo produto está a ser forte devido ao preço baixo das máscaras e ao facto de conseguirmos chegar a um bom número de compradores.” Sara Silva
PLANOS PARA O FUTURO
A pandemia trouxe alguma preocupação no ramo dos negócios e até à normalização da situação atual do país, a produção de máscaras será o foco da Sarine Moda. A empreendedora Sara afirma ainda que assim que houver oportunidade, voltará ao seu negócio-base, o fabrico e venda de roupa feminina.
“Futuramente vamos continuar com a produção de máscaras até quando acharmos necessário e, assim que for possível, reabriremos então as nossas lojas de vestuário.” Sara Silva
Nestes tempos incertos e imersos na realidade de algo invisível, a criatividade e a tentativa de nos reinventarmos é essencial para escapar às consequências negativas que este vírus traz para os negócios. Uma das formas recomendadas para nos protegermos do Covid-19 é o uso de máscara em sítios públicos, para que as vias respiratórias fiquem protegidas. O que antes não fazia sentido usar, agora torna-se imprescindível, principalmente para realizar as coisas mais básicas, como as compras para casa. Devido a este caráter de indispensabilidade, várias empresas nacionais mudaram o foco do seu negócio e começaram a dedicar-se à produção de máscaras protetoras. A Sarine Moda é só um exemplo.
Instagram da marca Sarine Moda: @sarine_moda
Créditos fotografia de capa: Fotografia cedida por Sara Silva.
Conteúdo produzido por: Ana Carolina Gonçalves, Ana Filipa Sofio, Diana da Mata, Laura Ribeiro e Nádia Ramos, no âmbito da disciplina de Comunicação Digital da licenciatura em Comunicação Social e Cultural.