O esqui alpino, ou “ski” como a maioria lhe chama, é uma modalidade desportiva que tem vindo, cada vez mais, a ganhar relevância em Portugal. Com vários atletas internacionais, dos quais se destacam Arthur Hanse, Catarina Carvalho, Kequyen Lam, Ricardo Brancal, Samuel Almeida e Vanina Guerillot, o país das 5 quinas tem chegado a vários pontos do mundo.
![Atleta Arthur Hanse a descer a pista de esqui, na modalidade de Slalom Gigante (GS).](http://digitalhub.fch.lisboa.ucp.pt/wp-content/uploads/2018/05/arthur.jpg)
(Foto cedida por Arthur Hanse)
Embora se estime que o esqui tenha surgido em Portugal por volta de 1918, a criação de uma federação oficial apenas ocorreu na última década do século XX. Até esse momento, foi o Ski Clube de Portugal(SCP), fundado em 1928, o principal responsável pela organização e dinamização de provas e outros eventos relacionados com a modalidade, em Portugal. Mais tarde, surgem o Clube Nacional de Montanhismo(CNM) e a Escola de Esqui da Serra da Estrela, os quais vieram permitir um aumento significativo do número de praticantes a nível nacional.
![Foto a preto e branco, de esquiadores, antes duma prova, em 1920.](http://digitalhub.fch.lisboa.ucp.pt/wp-content/uploads/2018/05/antiga.jpg)
(CC0 by Conrad Poirier)
Em 1952, Duarte Espírito Santo Silva consegue qualificar-se para os Jogos Olímpicos de Inverno, tendo sido, assim, o primeiro português a conseguir fazê-lo.Contudo, fê-lo por sua conta e risco. Ao contrário daquilo que acontece hoje-em-dia, Duarte inscreveu-se na prova, como participante individual, tendo pago, inclusivamente, todos os custos associados à sua estadia em Oslo, na Noruega.
No ano de 1992, com a Federação Portuguesa de Esqui já formada, através de uma escritura pública, Jorge Mendes, luso descendente residente em França, consegue o apuramento para o festival olímpico, porém, devido a uma lesão, não chegou a embarcar. Passados 14 anos, Portugal consegue ter, pela primeira vez, um atleta na modalidade de esqui de fundo, Danny Silva, o qual obteu o 94º lugar, de 99 participantes. Ainda que este não seja um resultado espetacular, repare-se que esta, como muitas outras, é uma modalidade para a qual o nosso país não oferece condições para treino.
Em 2008, com o intuito de englobar a tutela de todos os desportos de inverno, a Federação Portuguesa de Esqui passa a intitular-se de Federação de Desportos de Inverno de Portugal(FDI-Portugal). Quatro anos depois, Portugal consegue a sua primeira medalha internacional, alcançada pelo atleta Andrea Bugnone, residente em França, numa competição chamada Trofeu Borrufa.
![Atleta português, após a prova no Festival Olímpico da Juventude Europeia, em 2016, a segurar a bandeira de Portugal.](http://digitalhub.fch.lisboa.ucp.pt/wp-content/uploads/2018/05/Bugnone.jpg)
(Foto cedida por Andrea Bugnone)
Mais recentemente, foi Catarina Carvalho quem contribuiu para mais um marco histórico do esqui alpino em Portugal, tendo sido a primeira atleta portuguesa a conseguir chegar à final dos Campeonatos do Mundo, em 2017, em St. Moritz.
Em fevereiro deste ano, foi Arthur Hanse e Kequyen Lam quem representou as cores do país nos Jogos Olímpicos de Inverno, em PyengChang. Hanse participou nas disciplinas de Slalom (SL) e Slalom Gigantes (GS), tendo conseguido a 38ª e 66ª posição, respetivamente. E Lam, por sua vez, participou na modalidade de esqui de fundo, alcançando a 113ª posição.
![Atleta português, após a prova de esqui de fundo, nos jogos olímpicos de inverno de 2018.](http://digitalhub.fch.lisboa.ucp.pt/wp-content/uploads/2018/05/mACENSE.jpg)
(Foto cedida pela Federação de Desportos de Inverno de Portugal)
Ainda antes de terminar a época 2017-2018, a FDI- Portugal realizou a sua primeira prova FIS, em Serra Nevada (Espanha), na qual estiveram inscritos 108 atletas, de 8 nacionalidades distintas. Devido às especificidades técnicas que são exigidas para a realização de provas deste carácter, Portugal viu-se obrigado a utilizar uma estância do país vizinho, ao invés de a fazer em território nacional.
![Membro da FDI-Portugal, durante a prova FIS em Serra Nevada.](http://digitalhub.fch.lisboa.ucp.pt/wp-content/uploads/2018/05/FIS-race.jpg)
(Foto cedida pela Federação de Desportos de Inverno de Portugal)
Por fim, quanto ao futuro da modalidade, segundo Pedro Farromba, presidente da FDI- Portugal, acredita-se que “o número de praticantes tenderá a aumentar” e que existirão, cada vez mais, “boas condições para o desenvolvimento técnico de novos atletas”.
Conteúdo produzido por: Carolina Alves, Catarina Carvalho, Inês Zenida, Maria Eduarda Pita, Sofia Rufino, no âmbito da UC de Comunicação Digital da licenciatura em Comunicação Social e Cultural.