Cascais 2018: Capital Europeia da Juventude

Cascais é uma pequena vila pescatória onde todos podemos encontrar boas praias, excelente gastronomia  e vistas inacreditáveis. A “Riviera Portuguesa” é considerada, neste ano 2018, a Capital Europeia da Juventude. Cascais ascendeu a nível político, social e até cultural, tendo como principal foco a geração mais nova. A juventude é como uma “arma secreta” para o crescimento e desenvolvimento da vila.


Camioneta da Capital Europeia da Juventude 2018 parada ao pé da Praia do Guincho
Camioneta de promoção de Cascais 2018 na Estrada do Guincho (Copyright © cascaiscultura 2017)

 

Agora, Cascais apresentando-se destacavelmente, os objectivos a alcançar não se restringem apenas à vila, mas também à cidade de Lisboa, Portugal inteiro e toda a Europa. As oportunidades dadas ao jovens são inúmeras e de aproveitar.

De modo a alargar e aprofundar o conhecimento sobre este projeto, pusémo-nos à conversa com o vice-presidente de Cascais 2018 João Rocha, sempre presente em diversos eventos nos quais a vila se encontra privilegiadamente representada.

João Rocha conta-nos como se processou toda esta conquista e informa que Portugal é o primeiro país a ter duas Capitais Europeias da Juventude, “Braga foi capital em 2012 e agora é Cascais em 2018, portanto, este é um processo com várias etapas: a primeira fase de candidatura (para 2018 concorriam 21 cidades), em segundo lugar a redução para um top 5 de finalistas, onde nos encontrámos ao lado de Manchester, Perugia em Itália, Kecskemét na Hungria e Novi Sad na Sérvia, que continuou a concorrer e será a capital de 2019”. A escolha destas cidades para se tornarem Capitais Europeias de Juventude passam por diversos critérios, mas sempre com principal foco nas “boas práticas da sociedade, desde a participação política à cultural, havendo efectivamente uma perspectiva consoante o país e a região, com preocupação perante a diversidade geográfica que o Fórum Europeu da Juventude tem”. Com Cascais como Capital Europeia da Juventude, informa-nos João Rocha que Cascais não continuará a concorrer para o cargo porque agora nasceram novos desafios que a vila pode aproveitar, “nomeadamente plataformas nas quais Cascais se encontra a trabalhar no espaço Ibero Americano, também no que diz respeito ao Observatório Europeu da Juventude, etc.”. O principal objectivo é ser “a Capital Europeia da Juventude melhor de sempre e deixarmos um legado, com uma fasquia quase impossível de superar”, afirma convictamente o vice-presidente da instituição.

Dois jovens rapazes escuteiros a conviverem
Escuteiros a demonstrarem o associativismo de cascais 2018 ( Copyright © cascaiscultura 2017)

Para João Rocha, Cascais ser a Capital Europeia da Juventude significa um “mundo de oportunidades”, é, por isso, mais do que um financiamento da União Europeia, é “a abertura de portas, um reconhecimento internacional e também uma responsabilidade de criar novos mecanismos e melhorar as formas de participação que temos” – resume-se, deste modo, que este cargo significa oportunidade em todos os aspectos, maioritariamente de transformação social e “de promoção do concelho, um aspecto também muito importante porque Cascais tem certas características” que diferenciam a vila de outras capitais. O vice-presidente faz o seguinte reparo: “Cascais é maioritariamente um ponto turístico, estamos indireta e diretamente a promover como uma região turística de excelência, dando oportunidade a muitos hoteleiros e empresários na área da restauração”. Neste período de época baixa pelo qual Cascais se encontra, este projeto consegue alterar a economia regional “por via dos acontecimentos organizados pela Capital Europeia da Juventude, pondo a capacidade hoteleira a 100%, conseguindo lotar vários hóteis em janeiro, fevereiro, março, etc.. No fundo, há está dimensão intangível, sendo impossível quantificar o efeito positivo da Capital Europeia da Juventude quer no presente, quer no futuro”.

Para recém-licenciados ou universitários quase a acabar a licenciatura, o vice-presidente de Cascais 2018 fornece alguns conselhos, os quais passam pelas oportunidades dadas pela organização: “todos estes projetos na área da juventude foram reforçados com a nomeação de Cascais como Capital Europeia, existe, por exemplo, o POJ (programa de ocupação de jovens) já há muito tempo, é uma plataforma que deve ser aproveitada pelos universitários pois não há mais nenhum município no país que dê tanto apoio ao emprego jovem; existem também diversos programas de voluntariado, nos quais os jovens recebem sempre uma certa comanda, intitulado Pro…Move-te e, ainda, o programa Cultura no Bairro, que surge por via da Capital Europeia, para o reforço de marca e férias na desportiva”. Assim sendo, João Rocha conclui que “os jovens todos e os universitários em particular, podem não só aproveitar, mas também trazer o seu conhecimento através das conferências, debates e workshops que se realizam aqui”. Cascais 2018 organiza vários eventos para despertar a consciência e o intelecto das pessoas, com foco nos jovens, de modo a melhorar a sociedade e a instruí-la.

Fotografia do grupo de jovens no exterior de um edificio amarelo.
Reunião do grupo de jovens da ENRYP, com o objetivo de discutir a participação juvenil na sociedade. (Copyright © cascaiscultura 2017.)

Cascais 2018 tem como principal objectivo o diálogo de gerações e a inclusão social. João Rocha finaliza dizendo que Cascais “é um projecto de todo o país, onde Portugal se encontra representado por Cascais”. Também a comissária Catarina Marques Vieira decidiu agradavelmente intervir e afirma, em forma de recomendação, que os jovens quererem “ir lá para fora não é necessariamente mau, seja estudar ou viver, não é algo negativo. Nós temos tido esse trabalho de tentar demonstrar que o Glocal Youth, o tema da Capital Europeia da Juventude, é esse mesmo: o ir para fora, mostrar o que fazemos de bem aqui e também receber de fora o que de melhor se faz lá, para fazer crescer Portugal”.

Para matar curiosidades, agarrar novas experiências e oportunidades, todas as iniciativas de Cascais 2018 encontram-se no site, na página do Facebook e também no Instagram.


Imagem de capa: Copyright © cascaiscultura 2017

Conteúdo produzido por Laura Cyrne, Beatriz Bica, Teresa Cazal Ribeiro, Beatriz Cunha e Mariana Pescada no âmbito da UC de Comunicação Digital da licenciatura em Comunicação Social e Cultural.