DeAmor é uma marca que surgiu após a vontade de duas mulheres de mudarem o rumo das suas vidas. Investiram o seu tempo e amor na construção de um projeto empreendedor na área da saboaria artesanal e hoje veem os seus sonhos tornarem-se realidade. Fica a conhecer a história de Dina Cardoso e Marta Silvestre.
Marta Silvestre e Dina Cardoso. Todos os direitos reservados.
Não se conheciam. Dina Cardoso e Marta Silvestre, atualmente as duas proprietárias da marca DeAmor, nunca se tinham cruzado até terem sido apresentadas por uma conhecida em comum. Porém, os seus caminhos não podiam ser mais semelhantes. Estavam cansadas do trabalho que tinham, não se sentiam realizadas profissionalmente e secretamente tinham o desejo de criar um produto à sua imagem.
“Nós costumamos dizer que não fomos nós que escolhemos o DeAmor, foi o DeAmor que nos escolheu a nós”, explica Marta Silvestre.
Mas em que é que consiste este produto? O que é a arte da saboaria artesanal? Marta Silvestre começa dizendo que a ideia foi de Dina Cardoso: “ela é que é a apaixonada pelos sabonetes. Portugal tem muita história [relacionada] com os sabonetes, mas é tudo muito associado ao sabonete de cheiro que usamos para pôr na roupa ou aquele sabonete que está no lavatório da casa de banho para lavar as mãos. Não há muito em Portugal a questão de usar o sabonete como cuidado de rosto. E o que tentámos foi isso. Inovar nesse sentido de criar uma fórmula que limpasse, mas que fosse suave, hidratante e que fosse usada como cuidado de rosto”.
Com raízes nas tradições ensinadas pelas avós, as quais aproveitavam produtos naturais e regionais para confecionarem os seus próprios sabonetes, surgiu a marca DeAmor. Contudo, nem tudo é fácil quando se lança um projeto empreendedor, especialmente na zona da Beira Interior, de onde são naturais, Marta e Dina: “Eu acho que a nível de projetos de empreendedorismo são sempre arriscados. Principalmente quando são diferentes. Mas o que eu sinto muito é que quem está no Interior…uma vez ouvi uma expressão também de uma mulher empreendedora que é “Nós temos de partir a pedra da serra”. E é verdade. Os projetos no Interior não precisam só de ser bons, precisam de ser muito bons e precisamos de ter ainda mais determinação, ainda mais empenho, porque o estarmos longe dos grandes centros ainda nos dificulta muita coisa”.
Marta Silvestre refere ainda que “não chega só ter boas ideias é preciso depois ter a noção de que as coisas nem sempre correm como nós definimos. É muito importante ter-se a resiliência para ir mudando os planos consoante as situações vão acontecendo. No nosso caso isso também foi surgindo e há situações que tiveram de ser reajustadas”.
Marta Silvestre e Dina Cardoso. Todos os direitos reservados.
Num mundo marcado pela competitividade, Marta garante que elas não gostam de pensar em concorrentes: “se eu fizer o meu projeto usando a minha essência, o meu gosto, aquilo que eu sinto, que eu acho. Se eu for fiel à minha identidade e à minha pessoa, o resultado só pode ser único”.
Todos os sabonetes são 100% artesanais e feitos “à base de óleos e manteigas vegetais, cada um com determinada propriedade e característica. O que é que o torna único? É aquele ingrediente, naquela quantidade certa adicionado naquele momento preciso”, salienta Marta Silvestre.
Sobre o futuro, a empresária conclui: “Temos também esta noção de que o DeAmor não é só um sabonete ou só uma linha de cosmética natural, até porque queremos avançar para outros produtos sem ser o sabonete. Queremos que a nossa história e o nosso percurso, que não tem sido fácil, mas que tem vindo a dar resultado, seja também motivador e inspirador para outras mulheres”.
O destaque da marca vai para uma edição limitada. Um sabonete composto por cereja e ouro. O sucesso foi enorme e as empresárias garantem que esta edição voltará todos os anos por altura das colheita das cerejas. Disponíveis estão os sabonetes de frangipani, violeta e gardénia, em dois tamanhos e preços. Para compra e mais informações, consulta o site DeAmor.
Conteúdo produzido por Carolina Custódio, Maria Gomes, Núria Mateus e Sofia Rodrigues, no âmbito da disciplina de Comunicação Digital da licenciatura de Comunicação Social e Cultural.