EU Sustainable Energy Week – Debatendo Soluções

Futuro e meio ambiente: quais as soluções para um futuro energeticamente sustentável? A União Europeia organizou a 2ª edição da ‘’Sustainable Energy Week’’, que contou com um conjunto de palestras online entre os dias 25 e 29 de outubro de 2021. Conhece os principais assuntos discutidos, desde eficiência energética à diminuição da pegada de carbono.


Jovem a assistir a uma palestra online, no seu computador.
A “EU Sustainable Energy Week 2021” chegou para promover uma das discussões mais importantes da nossa atualidade: a relevância das energias renováveis na Europa, no qual inclui a questão dos carros elétricos: um ponto-chave deste artigo. Foto de: Catarina Pinheiro

A sustentabilidade ambiental é uma questão fundamental do nosso dia a dia. A União Europeia tem se mostrado preocupada com a questão ambiental e decidiu promover um conjunto de debates online para discutir este tema. 

Conheça as quatro palestras mais importantes e os assuntos discutidos nas mesmas.

1. Empresas e eficiência energética: ‘’Financial institutions enabling energy efficiency investments: Lessons from EEFIG’’ 

Na primeira palestra são debatidas as oportunidades e os desafios das empresas que têm cada vez mais apostado na eficiência energética.

Com o apoio da  ‘’Energy Efficiency Financial Institutions Group’’ (EEFIG), a União Europeia quer tentar criar um diálogo e abrir caminho para a renovação dos seus edifícios de forma a serem mais sustentáveis.

A União Europeia quer tentar criar um diálogo e abrir caminho para a renovação dos seus edifícios de forma a serem mais sustentáveis.


2. Carros Elétricos: “Electric Vehicles and the Future of the Power System

Ainda no campo da energia e entrando na questão da redução das emissões de CO2, o tema seguinte são os veículos elétricos e a sua importância na construção de um futuro mais sustentável. 

A partir de testemunhos e perspetivas de figuras relevantes da indústria automóvel, discutiu-se o presente com os olhos postos no futuro. Defende-se que esta nova tecnologia poderá reduzir a pegada de carbono, contribuir para o sucesso da energia renovável e ainda ter um forte impacto no sistema de energia de toda a Europa até 2030.

Serão os carros elétricos uma peça-chave para a solidificação de um futuro mais seguro, eficiente e sustentável que tanto ambicionamos? 

Os especialistas afirmam, ainda, que até 2050 é possível que grande parte da população europeia tenha um automóvel elétrico. A acontecer, será um grande passo para combater as alterações climáticas. 

Carro branco elétrico a carregar na rua
Com as alterações climáticas à porta, todos os esforços são importantes e o crescimento da indústria dos carros elétricos pode ser primordial para um futuro mais sustentável e eficiente. Electric car charging, de Alan Trotter, Flickr, CC BY 2.0

3. Água e Energia: “Fully exploiting the water-energy nexus: Measuring energy savings & CO2 reduction

Esta palestra tenta quantificar a poupança de energia e as reduções de emissões de carbono relacionadas com a gestão inteligente da água e das medidas de eficiência hídrica e do CO2.

A água e a energia são altamente interdependentes (“water-energy nexus”). A energia é necessária para abstrair, distribuir, aquecer, arrefecer, tratar e dessalinizar a água. Por sua vez, a água é necessária para a produção de energia e sistemas de arrefecimento. 

Na UE os setores da água e das águas residuais são responsáveis por cerca de 3,5% do consumo de eletricidade. Nos municípios isto representa a maior quota do orçamento, entre 30% a 40% do total da fatura de electricidade. 

A energia é necessária para abstrair, distribuir, aquecer, arrefecer, tratar e dessalinizar a água. Por sua vez, a água é necessária para a produção de energia e sistemas de arrefecimento. 

Carros na autoestrada com turbinas eólicas à sua frente
É fundamental conduzir para um futuro mais seguro e ecológico, no qual a energia renovável é um dos próximos passos mais importantes. A diminuição da pegada de carbono também é uma questão fundamental. Driving into the future, de kevin dooley, Flickr, CC BY 2.0

4. Tecnologia e reduções de CO2: “Delivering on the Green Deal: How competitive and innovative is our clean energy sector?

Esta conferência foca-se no entendimento financeiro necessário entre os países da UE para atingir as metas de redução de emissões de CO2 estabelecidas para 2030.

 Também são debatidas as vantagens que o progresso tecnológico pode oferecer neste contexto, já que, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), a tecnologia poderá ser responsável pela redução em 50% das emissões necessárias em 2050. As oportunidades e os desafios que vão surgir e o reforço essencial da balança entre a inovação e a implementação das novas medidas também são temas abordados. 

 

Gases poluentes para a atmosfera provenientes de uma área industrial
É necessário pôr um travão ao aumento das emissões de gases de efeito de estufa. É necessário apostar na energia renovável e eficiente, apostando no progresso tecnológico. Environmental problems cleantech, de RecondOil, Flickr, CC BY 2.0

Em suma, a questão da sustentabilidade ambiental é um tema que tem preocupado a União Europeia. Através de palestras sobre o clima, a instituição europeia tentou promover um debate sobre as questões da energia e como a podemos usar para diminuir a pegada de carbono.

Para ajudares a tua comunidade em prol de um futuro energeticamente sustentável, ficam aqui algumas dicas

  • Utilizar sempre que possível meios de transporte elétricos (carros, trotinetes e bicicletas);
  • Utilizar marcas de roupa com produção sustentável;
  • Aumentar a conscientização deste tema entre familiares e amigos;
  • Diminuir o desperdício alimentar;
  • Diminuir o consumo de alimentos cuja produção afeta as alterações climáticas (nomeadamente carne de vaca).

     Se tens interesse em saber mais sobre este tema, em concreto sobre a pegada de carbono, lê o artigo ‘’Dispositivos móveis e pegada de carbono: Qual a relação?’’.


Conteúdo produzido por Afonso Santos, Ana Catarina Pinheiro, Diogo Reis e José Guerreiro, no âmbito da disciplina de Comunicação Digital da Licenciatura em Comunicação Social e Cultural.