Instastores: comércio alternativo

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Comprar: uma atividade bastante presente nos dias de hoje, das mais diversas formas. O comércio através do Instagram está a ter cada vez mais adeptos. Sara Vital é uma das jovens empreendedoras portuguesas que tem vindo a apostar neste negócio virtual, comercializando espanta espíritos feitos pela própria. A empreendedora explica como usa a plataforma e certas dicas de como melhorar.


Processo de fabrico dos espanta espíritos
Processo de fabrico de Sara Vital dos espanta espíritos CC BY – Sara Vital

Sara sempre admirou espanta espíritos (dreamcatchers) e foi precisamente numa viagem ao Brasil que lhe surgiu esta ideia. Explica que foi na visita a “um mercado onde havia uma banca com uma variedade enorme de dreamcatchers” onde comprou um e analisou como eram feitos. Foi a partir desta experiência que iniciou as suas próprias criações. Estão agora expostas na sua página de Instagram @the_genuine_earth, onde as vende.

A escolha do Instagram como a rede social principal para o seu negócio foi fácil para Sara. Para ela é “simples, acessível a todo o público”. Além disso, é uma forma “apelativa” e “criativa” de expor os produtos.

De forma a criar uma rede maior de seguidores, a criadora dá dicas que parecem simples, mas que podem ser eficazes. Algo como “oferecer um produto a alguém conhecido” ou até mesmo “espalhar a palavra” são duas das suas formas de publicidade. O conceito de follow and share e “seguir bastante gente famosa” são também concelhos dados por Sara.

Dada a plataforma utilizada, Sara adverte para cuidados que devem ser tomados pois “quando se compra online, às vezes não corresponde à realidade”. Deixa claro que se deve “mostrar a verdadeira essência do produto” e “colocar filtros ou modificações que possam alterar cores, tamanhos ou qualquer característica do produto” deve ser evitado dado que induzem os clientes ao erro. O projeto ainda se encontra num estado inicial, sendo um dos principais objetivos a aquisição de um maior número de seguidores. Sara tem em mente um futuro diferente para o projeto, procurando expandir a “artigos alternativos homemade como por exemplo Tie Dyes, designs em patchwork entre outros” , dependendo da adesão e do investimento no projeto.

Comparando a loja virtual com a loja física, Sara afirma que ambas podem ter “a mesma qualidade”. No entanto, defende que a virtual não proporciona um atendimento tão personalizado como em loja física, dependendo do que o cliente deseja também. Para os que preferem um atendimento mais impessoal, “o atendimento através de uma rede social é ideal”.

Para Sara, este modo tem outras desvantagens como a de o produto poder não corresponder à expectativa. Embora isso possa acontecer, o cliente não tem de se deslocar à loja, tornando-se “mais acessível”. É também proveitoso para o vendedor porque poupa o investimento num espaço físico, algo que para as pequenas e médias empresas costuma ser um impasse inicial, afirma Sara. As redes sociais vieram colmatar esse impasse e impulsionam as pessoas a começar algo, como a Sara.



Conteúdo produzido por Ana Rita Carvalho, Pedro Goulart Brandão, Rita Lucas no âmbito da disciplina de Comunicação Digital da licenciatura de Comunicação Social e Cultural.