Experiência turística self-service com viaturas 100% elétricas, equipadas com wi-fi gratuito, permitindo partilhar a viagem nas redes sociais. É o que promete a Live Electric Tours, uma empresa portuguesa, criada em 2017 e considerada a melhor startup de Turismo da Europa no Startup Europe Awards em 2018.
O projecto foi criado em Lisboa e tem como ambição ser a líder de mercado na promoção de viaturas elétricas. Djalmo Gomes é quem está por detrás desta ideia de sucesso, que surgiu há 10 anos. Durante alguns anos dedicou-se à banca de retalho, mas decidiu mudar de vida – emigrou para Angola, onde enveredou pelo Marketing. Este projeto só foi possível realizar-se em Janeiro de 2017, com a ajuda de Luís Lucas e Agostinho Abreu
A empresa distingue-se no mercado com serviços totalmente pensados para o cliente, segundo Luís Lucas, o Chief Operation Officer, pela liberdade e o conforto que dão a quem visita a cidade de Lisboa – a liberdade ao ter uma viatura à disposição para visitar a cidade ao seu ritmo, 100% elétrica e, desta forma, não agrava a pegada ecológica nem gera problemas de estacionamento, uma vez que existe um apoio da Câmara Municipal de Lisboa para a mobilidade elétrica.
A pegada ecológica não é o único fator de foco desta nova forma de descobrir Lisboa. Em conversa, Luís Lucas deu destaque ao conforto que é oferecido pelas suas viaturas aos clientes, e também aos recursos tecnológicos integrados neste meio de transporte amigo do ambiente. Ele explica que o conforto deve-se às tecnologias e funcionalidades que o carro oferece, como o Audio Guia. Aliado a este fator, Luís Lucas destaca ainda a internet grátis, que permite que o cliente esteja sempre conectado, pois hoje em dia é a melhor e mais prática forma de partilhar uma experiência, através das redes sociais. Desta forma, cria-se uma certa partilha de espacialidade, onde os familiares e amigos também viajam com o cliente, mesmo que não estando presentes fisicamente.
“Conforto através de Audio Guia que lhe mostra a cidade como se de um amigo local se tratasse e de forma a não se perder, bem como internet grátis para estar sempre conectado e forma de carregar os telemóveis, pois é indispensável hoje em dia.”
– Luís Lucas, COO
A sustentabilidade é um dos valores que a Live Electric Tours apresenta e considera que as alterações climáticas devido à ação do homem são cada vez maiores e que apenas o ser humano é capaz de parar. Ainda assim, Luís Lucas defende que, em alguns negócios semelhantes em que a sustentabilidade demonstra ser um fator importante, nem sempre as próprias marcas permitem a utilização de modelos mais sustentáveis. Um fator muito importante a destacar é a diferença de preços entre as viaturas que utilizam combustível fosseis e as 100% elétricas – o que faz com que nem todas as empresas tenham a capacidade de aderir aos carros elétricos.
“Queremos dizer que, se entrevistarem a maior parte de operadores de táxi, todos compreendem utilizar viaturas 100% elétricas. No entanto, (…), existe ainda uma diferença muito grande e que claramente os colocaria em desvantagem financeira, que resultaria no aumento de custos nas tarifas a praticar. Querem ser sustentáveis ambientalmente mas não podem. “
– Luís Lucas, COO
Em novembro de 2018, este projeto recebeu o prémio de melhor Startup de Turismo da Europa, destinção que foi alvo de surpresa pelos fundadores, que consideram não ter trabalham para receber prémios, mas reconhecem que quando acontece é fruto do trabalho duro de toda a equipa.
Previsões para o Futuro?
“Melhorar continuamente a experiência que proporcionamos e levar a mesma ao maior número possível de pessoas, em Lisboa e noutras cidades/locais.”
– Djalmo Gomes, CEO
A expansão a outras cidades portuguesas está nos planos futuros da empresa, e não se deixam ficar pelo território português, considerando este alargamento territorial “inquestionável”, e afirmam que no verão deste ano estarão já nas cidades do Porto e Évora.
Fotografia de Capa © Live Electric Tours
Conteúdo produzido por Ana Maria Cantador, Bruna Braga, Daniela Santos, Joana Oliveira e Rita Cataludo, no âmbito da disciplina de Comunicação Digital da licenciatura em Comunicação Social e Cultural.