Máscaras e luvas de proteção dispararam poluição nos oceanos

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Samantha Smith com apenas 20 anos já é fundadora de uma ONG, a Ocean Hope, que visa a preservação das praias do Oeste. Todas as semanas, a equipa da Ocean Hope organiza limpeza de praias na região da Ericeira. Descobre como os efeitos da Covid-19 já se fazem sentir nas praias portuguesas. 


Peixe na areia morto envolto em plástico
“Não é por estarmos em confinamento que os problemas ambientais deixam de existir!” – afirma Samantha Smith, fundadora da OceanHope. Image by Vaitkevich, Pexels is under Pexels License.

Com a chegada do novo coronavírus e a adoção do isolamento social como medida preventiva,  as ruas e as estradas, em tempos cheias, permanecem agora vazias. Inicialmente, o impacto é positivo para o meio ambiente. 

Segundo um estudo realizado pelo World Energy Markets Observatory, estima-se que em 2020 as emissões de gases com efeito de estufa sofreram uma queda de 7% a 8%. 

De acordo com as imagens divulgadas pela Agência Espacial Europeia (ESA), as nuvens de gás tóxico visíveis em alguns pontos industriais mais críticos praticamente desvaneceram. O abrandamento da economia global, a queda na procura do petróleo e o cancelamento de milhares de voos, foram os principais responsáveis pela descida dos níveis de dióxido de nitrogénio.

Mas ainda assim, a pandemia veio acentuar problemas ambientais existentes, nomeadamente, o excesso de lixo plástico nos oceanos. Neste contexto de emergência ambiental, Samantha Smith, resolveu criar a Ocean Hope, uma iniciativa que organiza limpeza de praias na zona da Ericeira. 

Como conta Samantha, a poluição nas praias e nos oceanos, com luvas e máscaras de proteção, é já uma realidade.

“Infelizmente, as correntes do mar trazem-nos objetos de outros países. E, para além disso, há pessoas que não sabem que ao atirar estes materiais para a sanita vai parar tudo ao mar. E o mesmo acontece com os caixotes a transbordar, em que o lixo voa e vai para o mar.”

Pessoa colocando garrafa de agua no lixo
“Infelizmente, as correntes do mar trazem-nos objetos de outros países.” – declara a fundadora da OceanHope. Image by Ortigosa, Pexels is under Pexels License.

Contrariamente ao que seria de esperar, Samantha Smith garante que os jovens ainda, não despertaram completamente para os problemas ambientais “Apesar de irem às manifestações, não põem em prática o que defendem. É algo que podemos refletir!” 

A fundadora da Ocean Hope apela ainda, à proteção e à defesa do ambiente “As pessoas não devem simplesmente retweetar sobre apanhar cinco pedaços de lixo por dia, devem fazê-lo.” 

Pedimos ajuda a Samantha Smith para juntar uma lista de dicas simples e fáceis de aplicar. Estas orientações vão ajudar-lo a ser mais sustentável:

  • Apanhar cinco pedaços de lixo por dia.
  • Reduzir o consumo de carne.
  • Reduzir o uso dos plásticos.
  • Informarmo-nos (sugestões de documentários: “Albatross e “Oceanos de Plásticos).

Conteúdo produzido por Francisca Sá, João Paulo, Madalena Barreiros e Tiago Melo no âmbito da disciplina Comunicação Digital da licenciatura em Comunicação Social e Cultural.