TOINO ABEL é uma marca de malas de junco feitas à mão, através de uma técnica artesanal que se mantém inalterada desde a sua origem. Este conceito surgiu em 2010, numa aldeia do interior de Portugal, resultado da imaginação de Nuno Henriques. Fica a conhecer a sua história.
Segundo Nuno Henriques , a TOINO ABEL foi inspirada por um gesto, gesto este que partiu de uma oferta que o seu irmão fez à namorada: uma cesta. Essa oferta tinha toda a história dentro de si e, apercebeu-se de que ela poderia levá-la onde quer que fosse. Foi esse gesto que inspirou Nuno a fazer o mesmo com todo mundo. Apesar de embrionada no nosso país, a marca nasceu em Berlim, e só em 2013 se mudou definitivamente para Portugal, para trabalhar diariamente ao lado de artesãos locais. Da aldeia para o mundo.
“Estes cestos vêm já de várias gerações. O meu tetravô já fazia. Quis prestar uma homenagem a essa ligação familiar, a um passado, na verdade. Gostava muito do meu avô, as pessoas chamavam-lhe Toino Abel, e como havia essa ligação, por uma questão emotiva decidirmos manter o nome”
Nuno Henriques
Mas em que é que consiste, afinal, este produto? O junco, já seco, é trabalhado num tear para construir uma esteira que depois é cosida à mão, adornada com uma asa de vime, um fecho e uma alça de couro, e, finalmente, uma medalha cerâmica com uma flor de junco gravada, criando a icónica cesta.
O que distingue a TOINO ABEL de todas as outras marcas de artesanato nacionais é a fusão de técnicas tradicionais, neste caso a cestaria, com o traçado de um design moderno. Na TOINO ABEL, existe uma preocupação com a inovação diária, que conduz à investigação de novos processos de preparação da matéria-prima, de modos de tecer o junco, de técnicas inovadoras de coloração e fixação da cor. Muitos destes processos são exclusivos da marca.
A marca adota uma abordagem moderna de artesanato e cestaria, marcada pelo cumprimento rigoroso da tradição do trabalho em junco e pela preocupação em ser uma empresa sustentável, desde a criação das peças, tendo em conta as questões ambientais, até à preocupação da igualdade económica dentro da equipa da TOINO ABEL.
Nos últimos 8 anos a marca aumentou em 105% o preço por peça pago aos artesãos estabelecidos. A TOINO ABEL emprega diretamente três pessoas que são pagas igualmente, seja homem ou mulher, artesão ou o fundador, justificando com o facto de todos trabalharem com a mesma missão: trazer ao cliente o melhor ofício possível.
O maior desafio, para além de conjugar a tradição com a contemporaneidade, é também a sustentabilidade, que significa apoiar a natureza e os seus recursos. O principal material, o junco, cresce a cada ano num local diferente:
- Nenhuma ação humana é necessária para o tratamento do junco e não são usados pesticidas de qualquer tipo;
- Quase todo o processo não utiliza eletricidade, é bastante manual;
- O couro utilizado é curtido vegetal e o algodão é ecológico certificado;
- A maior parte dos resíduos de produção é decomposta num jardim próprio , a poucos passos da oficina;
- Não são utilizados vernizes, nem plástico.
A TOINO ABEL caminha na direção oposta à maioria das marcas nacionais, proporcionando ao interior despovoado uma atividade que faz sentido. Mantendo e honrando uma identidade cultural, com integridade e inovação. Respeitando as raízes e dando ao mundo um pouco de cor enquanto se preserva uma pequena porção da natureza.
Estas malas são desenhadas para serem funcionais e bonitas em qualquer lugar, no entanto, Nuno Henriques, ambiciona explorar novos territórios e fazer outras coisas fora de acessórios de moda. Podes comprar as malas TOINO ABEL na loja online e em algumas lojas selecionadas espalhadas pelo mundo.
Fotos cedidas por © TOINO ABEL (fotógrafos Nuno Henriques, Dinis Santos e Filipa Alves)
Conteúdo produzido por Ana Rita Reis, Mariana Duarte Calado, Raquel Jorge, Sara Pereira e Teresa Domingues, no âmbito da disciplina de Comunicação Digital da licenciatura em Comunicação Social e Cultural.