“O CISV é uma organização internacional independente, que tem como objetivo educar e inspirar para a paz” – No site da CISV Portugal.
A missão da CISV (Children’s International Summer Villages), que foi fundada pela psicóloga Doris Allen em 1951, é a resposta dela aos horrores e ódio que a humanidade descobriu com a segunda guerra mundial. O CISV tenciona promover a paz através de 4 grandes temas: Desenvolvimento sustentável, Diversidade, Direitos Humanos e Resolução de Conflitos. Os programas são orientados para pequenos jovens porque Doris Allen “sabia que a derradeira fonte de paz a longo prazo, viria das crianças”.
Um desses programas são as aldeias de verão. Durante 4 semanas, crianças com idades entre os 10 e os 12 anos vão poder ter uma experiência única e aprender com adultos e crianças de todo o mundo. Uma alternativa que requer e desenvolve maior maturidade emocional e intelectual, em comparação a outros acampamentos de férias como o Projeto “Acampamento”.
Meses antes são organizadas mini-aldeias em Portugal, para aclimatizar as crianças e dar formação aos adultos. Veja em baixo como é o primeiro contacto dos participantes com o CISV.
Há sessões de esclarecimento de dúvidas e formação dos adultos e jovens voluntários. Estes voluntários vão ser responsáveis por dezenas de crianças durante os fins de semana das mini-aldeias e mais tarde, as aldeias de verão.
Chegados ao acampamento Casa Praia Grande, em Sintra, somos tomados de imediato pelo espaço e pela proximidade com a natureza, tão característica de Sintra.
Não podia faltar a mesa de matraquilhos e de ping-pong, que os miúdos tomam de assalto assim que chegam ao acampamento. Jogam ténis de mesa improvisado, os jogadores amontoam-se na mesa e usam a cabeça em vez das bolas de plástico.
O resto do espaço interior alocado às atividades permite abrigo dos elementos quando necessário, espaço para brincar e à noite, uma sessão de música e canto em conjunto.
O espaço exterior tem um terraço com chão sintético, próprio para garantir a segurança das crianças durante as brincadeiras. Nem a vista incrível e tranquilizante para o mar consegue sobrepor-se à vontade que os miúdos têm de andar às cambalhotas, correr e saltar sem qualquer preocupação.
O espaço de refeições numa manhã fria, bem iluminado e rodeado de natureza, é a imagem perfeita para a expressão “a calma antes da tempestade”. A hora de refeições é uma das horas em que é mais difícil controlar as crianças (e às vezes os adultos também).
O resultado de uma das atividades sobre a história do CISV, centrada nos valores de diversidade e direitos humanos.
As crianças que se despacham mais rápido, correm para ocupar os espaços favoritos. Em poucos minutos o campo de futebol enche e há um jogo caótico iluminado pelo pôr do Sol.
No fim da mini-aldeia, as crianças esforçam-se para cumprir as regras e limpar os quartos, mas há sempre peças esquecidas ou fora de sítio. Algumas seguem a tradição de deixar os nomes assinados nos beliches.
A sala da comissão, reservada aos adultos responsáveis por gerir o fim de semana, é a última a fechar. Este porto seguro conta com sofás e oferece pausas curtas, mas preciosas, para fugir à histeria das crianças, quando necessário.
Créditos de imagem: Gonçalo Mourato
Conteúdo produzido por Gonçalo Mourato, Diogo Camarada, Beatriz Costa, Joana Correia, Catherine Neves e Constança Silva, no âmbito da disciplina Comunicação Digital da licenciatura em Comunicação Social e Cultural da Universidade Católica Portuguesa de Lisboa.